quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O QUE É ANORGASMIA (ENTENDENDO UM POUCO MAIS A MULHER

Anorgasmia significa ausência de orgasmo feminino. E, de maneira alguma deve ser considerado como uma doença física ou algo parecido.
Negar a anorgasmia é a primeira atitude defensiva para muitas mulheres. O fato é que entre 60 e 70% mas mulheres têm dificuldade ou incapacidade de chegar ao clímax na relação. No qual, a grande maioria mente, fingindo o que não sentiram. Esse quadro assustador não retrata o passado muito distante, quando as mulheres deveriam prestar submissão aos maridos e qualquer manifestação de prazer numa relação sexual era condenável. Os números são atuais e indicam que a maioria das mulheres tem anorgasmia.
O que causa isso?
As causas têm diversas origens, que pode ser desde abuso ou violência sexual durante a infância até a falta de intimidade com o parceiro. Sendo a educação rígida, a falta de conhecimento do próprio corpo, o estresse e a rotina no relacionamento, fatores que muito contribuem para a anorgasmia.
O que fazer?
Essa parece ser uma barreira muito grande pra se vencer, não é? Para tentar romper essa barreira, é preciso ter muito diálogo com o parceiro. Falar o que você sente, como gostaria que fosse, orienta-lo na maneira mais adequada para te acariciar, dar um retorno para seu parceiro sobre o que você mais gostou ou gosta que ele faça com você na relação. Assim, ele poderá explorar o que mais te agrada e ter um melhor desenho. Isso no mínimo irá amadurecer mais o relacionamento e aumentará a intimidade entre os dois. Não irá contribuir para vencer essa barreira se você preferir fazer uma simulação. Ou seja, suspirar, gemer, fazer com que a respiração fique intensa, tudo para fingir um orgasmo, isso só vai prolongar o problema. Será através de diálogos que você conseguirá. Por outro lado, seu parceiro tem papel um papel muito importante para essa conquista; no qual cabe a ele ter paciência, compreensão e dedicação para com você. Para o homem, muitas vezes, isso é um papel muito difícil. Podendo gerar nele um sentimento de incapacidade, "eu não consigo fazer minha parceira gozar", o que também deve ser trabalhado com ele.
Você se conhece intimamente?
Para transformar a relação sexual numa experiência que agrade aos dois, é preciso que ela (e ele também) diga quais são seus pontos mais erógenos. Mas como fazer isso se você não se conhece bem? Não sabe quais pontos no seu corpo dão mais prazer. Pois bem, então mão a obra: Descobrir que seu corpo pode te dar muito prazer, será fantástico, experimente. Na verdade muitas mulheres não gostam de acaricia-se, não se sentem bem, ou não tem vontade.
Certa vez, uma moça disse para mim que não conseguia gozar. Eu perguntei se ela se tocava, se conhecia seus pontos mais erógenos, se ela se masturbava. As respostas foram negativas. E disse mais, "...não me sinto bem ao me tocar." Depois de muitos diálogos ela disse que sentiu vontade de se acariciar, e que assim o fez. "Foi muito gostoso, mas não consegui gozar ainda, ". Depois de um tempo, ao nos encontrarmos, ela disse que já conseguia gozar ao se masturbar, que para ela isso era uma grande conquista.
Assim como aprendemos a andar, ler, dirigir, comer, nós também aprendemos a atingir o orgasmo. Ninguém nasce sabendo gozar! O que ocorre para muitos, é esse aprendizado ser de uma maneira muito natural, enquanto para outros se faz necessário um percurso maior.
Cada pessoa tem seu desenvolvimento de acordo com seu ritmo.
Algumas pessoas são vítimas de violência e ou abuso sexual, outras têm uma criação muito rígida, outras cobram, exigem muito de si mesma, outras algum tipo de trauma, e muitas questões anorgasmias estão associadas a baixa-estima, no qual esses e outros fatores podem contribuir para algum bloqueio na questão sexual de cada um.

ANORGASMIA




a cada 100 mulheres que buscam tratamento, 70 afirmam que não conseguem ter orgasmos.
Antes, a relação sexual tinha como objetivo a satisfação masculina. Hoje, apesar de muitos tabus sexuais terem sido derrubados, ainda é grande o número de mulheres que sofrem na cama. Mitos e conceitos equivocados sobre o orgasmo, ou melhor, sobre a sexualidade de forma geral, sempre estiveram presentes em nossa cultura, onde a mulher deveria ser um ser assexuado, sem desejo, sem tesão, à disposição do outro.
Hoje foi descoberto que o orgasmo independe da região que o desencadeia, podendo ser provocado pelo estímulo de qualquer região do corpo. Houve tempo em que se acreditava existirem dois tipos de orgasmos: o clitoriano e o vaginal.
Atualmente, se percebe uma busca descontrolada pelo orgasmo, que passou a ser o objetivo único de uma relação, esquecendo-se o prazer do relacionamento, de estar com determinada pessoa. Praticar sexo é uma escolha; ter prazer, uma possibilidade. Essa obrigatoriedade infundada na busca do prazer-gozo e não pelo prazer de estar vivenciando tal situação, tira a pessoa do contato com a relação, passando a ser mera espectadora.
Conceito
A anorgasmia é a dificuldade em atingir o orgasmo, mesmo que haja interesse sexual e todas as outras respostas satisfatórias para a realização do ato. Ocorre com freqüência entre as mulheres – estudos indicam que seria entre 50 e 70% dos casos. Ou seja, a mulher aproveita as carícias e se excita, mas algo a bloqueia no momento do orgasmo.
Muitas mulheres negam a ausência do orgasmo como uma forma de defesa. Assim, mentem, fingindo um prazer que não existe. Tal comportamento deve ser repensado, pois ao fingir para si própria, ela está se privando da obtenção de um prazer e da possibilidade de desvendá-lo por completo.
Além disso, a anorgasmia pode trazer conseqüências negativas. A mulher pode adquirir aversão sexual devido a realização de sexo sem prazer, e sem conseguir adequada lubrificação para o ato, pode ocorrer dor na relação.

A mulher não possui, como o homem, um ciclo sexual definido constituído por excitação, ereção, ejaculação e orgasmo. Ela pode ter desejo, mas mesmo assim, não chegar ao orgasmo. Mas, é preciso ressaltar, que a mulher quer ser amparada, acolhida. Dessa forma, o sexo pode satisfazê-la sem que chegue ao orgasmo
Etiologia
Dentre os fatores que levam a tal quadro, destaca-se de forma praticamente integral os aspectos psicossociais. A questão orgânica tem baixa relevância, ficando em torno de 5% dos casos.

Psicossociais: falsas crendices, falta de informação, tabus, religião, estrutura de valores que supervaloriza a sexualidade e o desempenho sexual, medo de ser abandonada ou engravidar, experiências traumáticas (inclusive obstétricas), falta de intimidade com o próprio corpo e/ou com o parceiro, inexperiência, falta de tempo ou de um local adequado, auto-exigência exacerbada, envelhecimento, culpa, ansiedade, depressão, tensão corporal, educação sexual castradora, desinteresse, insatisfação corporal, baixa auto-estima, excesso de contenção, dificuldade do cotidiano e dificuldade de estar inteira, tranqüila e a vontade no contato com o outro no momento da relação sexual, entre outros.
Orgânicas: algumas doenças, disfunções hormonais, uso imoderado de álcool ou drogas psicoativas e dores na relação.
Outras causas dizem respeito à má-formação congênita - que pode impedir o acesso ao clitóris -, hipertrofia dos pequenos lábios – que pode encobrir o acesso à vagina-, entre outras.
Tratamento
O enfoque principal é a disfunção, devendo-se fazer uma leitura do conflito, a fim de saber se existe alguma dificuldade emocional ou psicológica, ou se o problema é físico.
O objetivo é combater a ansiedade existente, desmistificando crenças falsas, e trabalhando os aspectos psicológicos que não permitem um completo funcionamento corporal. Propõe-se que a mulher tome ciência dos seus impulsos sexuais, de modo ajudá-la, sem a obrigação do orgasmo, a liberar emoções e viver a espontaneidade de sentir prazer. Para tanto, a psicoterapia pode estar baseada numa terapia individual, terapia de casal ou, ainda, no conjunto dos dois processos.
A terapia individual objetiva criar condições para ampliar o autoconhecimento e possibilitar o prazer consigo mesma, a partir de um aprendizado sobre como é construído tal sintoma. Ou seja, o que esse quadro tem a contar sobre a pessoa, sobre a sua forma de funcionar na relação e com o meio. É na terapia, portanto, que se revê falsos conceitos e se fornece orientação, possibilitando novas perspectivas, admitindo-se sua associação a exercícios e, muito raramente, ao uso de medicação.
A terapia de casal objetiva facilitar a comunicação do mesmo, além de mediar um conhecimento maior sobre o funcionamento da relação, ajudando a descobrir, entre outros fatores, de que forma o casal interage em sua vida cotidiana, e como isto se reflete na dinâmica sexual.
Muito freqüentemente, a mulher passa a ter maior curiosidade sobre o próprio corpo. Faz-se importante que ela se conheça, se toque, saiba do que gosta e o que não lhe agrada. E, essencialmente, pedir ao parceiro que a “acenda”. Através do auto-conhecimento, a auto-estima pode ser resgatada. Essa é uma forma de descobrir o caminho para que se possa fazer sexo sem mitos e transformá-lo em algo natural, sem ter medo de gostar de sexo e do que o parceiro vai achar disso.
A mulher precisa dar importância à sua sexualidade, tocar o seu corpo e descobrir o que lhe dá prazer, dizendo ao parceiro o que ela precisa, o que está faltando e se interessando em saber o que ele gosta. O orgasmo é uma conquista, sexo é comunicação e entrega.
A sexualidade e a forma que a mulher se relaciona com ela é produto de eventos que, aparentemente, nada têm a ver com sexo. Assim, a superação de um quadro como esse leva ao aprendizado e ao autoconhecimento, provocando transformações além da sexualidade. Atingir o orgasmo é elemento de um processo de crescimento que dura a vida toda.

Tanto nos casos orgânicos como nos psicológicos, a terapia é indicada. Por mais que a origem seja somente orgânica, ela pode estar interferindo, poluindo as outras esferas do seu contato com o parceiro. Dessa forma, a maioria do universo feminino pode se favorecer com a reeducação sexual, já que muitas não aprenderam a se aceitar e se conhecer.


ANORGASMIA

  

Pesquisas recentes revelam 50% das mulheres já fingiram um orgasmo. No Brasil, os números são do Datafolha, segundo levantamento divulgado em 2010. Para especialistas, o número real pode ser ainda maior. “Uma boa parte das mulheres – pelo menos uma vez na vida – já fingiu. Isso é fato se você considerar que 30% das brasileiras nunca chegaram ao orgasmo a mulher deixa aflorar um lado materno na relação sexual: “Fingem como uma forma de proteger o parceiro ou se sentem envergonhadas”, diz ela.
Uma encenação ocasional não é problema, “Às vezes a pessoa finge uma vez para resolver uma situação, porque está cansada ou não viu alternativa. Fingir sistematicamente é que é um problema”, alerta o especialista. Nesses casos é preciso investigar quais os motivos psicológicos ou físicos que estão impedindo o gozo. Para o ginecologista, é possível que as mulheres finjam mais em alguns períodos ou momentos de vida.
Os dois especialistas concordam que dizer a verdade é o melhor caminho não só para a relação, mas para a mulher. “O orgasmo deveria ser exposto quando acontece e quando não acontece. E se não está querendo sexo, melhor falar e não transar” as mulheres acham que precisam estar sempre disponíveis para o parceiro, o que leva ao sexo sem vontade em alguns momentos. Ou seja, em vez de falar a verdade, muitas mulheres arrumam uma falsa dor de cabeça ou um falso orgasmo.
o orgasmo é muito enfatizado socialmente e, embora seja uma descarga energética positiva,
“O importante é sair satisfeito dos encontros sexuais, se sentindo bem. Por outro lado, quem nunca tem orgasmos pode ficar insatisfeito, porque nascemos com essa capacidade sexual”